Neste momento, a maior taxa de nerds por metro quadrado do mundo está em São Paulo, mais precisamente na Bienal. Lá, 2700 pessoas estão acampadas desde segunda. Eles participam da feira de tecnologia Campus Party. Algumas novidades espantam. A conexão de 5Gb também. Não acompanhei as palestras, mas me parece que muito se discute sobre uma concepção da internet como rede de pessoas, não de computadores. O conceito parece adequado, até por que a “inclusão digital” precisa avançar.
O encontro me fez lembrar de um singelo poema, escrito há mais de um ano.
Mutismo virtual
Essa história é de um menino
Do tipo quieto, tipo tímido
Não tinha sorte com garotas
E ele sempre está sozinho
E um cientista bem maluco
Inventou uma criação
Que dá brinquedo pras crianças
Não dá trabalho pro patrão
E o rapaz lá do começo
Se alegrou com a invenção
“vou ter um relacionamento
De longe sim. Problema não
Esse tal de ce pe ú
É realmente uma beleza
Bill Gueites fez o méssiene
E eu escondi minha gagueira”
Mas o coitado, tão fraquinho
Viciou na brincadeira.
Dia e noite, noite e dia
Não saia da cadeira
E um dia a paquera
Pediu pra telefonar
Mas de tanto escrever
Ele não sabia mais falar!
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
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Nossa, meio negativo esse poema, hein? Fora isso, uma das melhores definições dadas a esse evento foi dada por Tutty Vasques, que o descreveu como o "Woodstock dos nerds" (rs).
ResponderExcluirQuase um emo...
ResponderExcluirMas realmente é o que vai acontecer com as "relações" no futuro. Ninguém mais sai de casa. O jornalismo, então, está mais rápido do que a humanidade nesse quesito.
que nada a ver Márcio. O poema tá genial! HUAHUAHA
ResponderExcluirNão o critiquei como ruim, apenas como uma coisa "down", sabe?
ResponderExcluirQuanto ao que o Tonhão falou: acho que isso está longe de ocorrer quanto às relações humanas. Acho que pessoas normais continuarão a ter relação normais, mas fico feliz por ver pessoas que antes estavam à margem da vida comum e que, através dos sites de relacionamento, acabam encontrando amigos como eles.
Acho que isso ajuda a prevenir, por exemplo, que alguém fique louco a ponto de entrar com uma metranca na escola.