Republico um texto do antigo blog, de outubro do ano passado. Tem coisas que continuam atuais...
Cansei de política!
Tem certeza?
Com os seguidos fiascos do teatro brasiliense, diminui cada vez mais o interesse da população por temas político partidários*. Há um sentimento geral de que pelas vias institucionais as coisas não vão mudar.
Contudo, isso não significa que estamos desiludidos com a política. Basta não cair no erro (bastante comum) de confundir a farsa encenada no planalto com o sentido mais puro da palavra.
Na concepção deste aprendiz, política compreende todos os assuntos de interesse público. Pensando dessa forma, todas nossas decisões são decisões políticas. Afinal, sempre que agimos (ou não) há implicações na vida de terceiros. Até mesmo a decisão de denominar-se “apolítico” é uma decisão política. É inclusive bastante egoísta. Somos portanto, cotidiana e ininterruptamente, seres políticos. Desde que decidimos pela vida em sociedade.
Nada disso diminui, obviamente, o fracasso das instituições brasileiras. Mas o importante é pensar, de uma forma simples, nas prioridades de nossas decisões.
A atual postura individualista, que abandonou as idéias e luta pelo poder, saiu de Brasília para contaminar o país ou foi levada por nós?
Não se trata de uma cruzada pela ética, mas de uma sugestão. Será que avaliamos as conseqüências de nossas decisões? O que vem primeiro, entre nós pobres mortais, o interesse pessoal ou o público?
* Temos de pensar numa alternativa brasileira para este termo. Como podemos ter política partidária num país em que os partidos políticos são carentes de ideologia?
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
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Bom texto. Inócuo, infelizmente, para a grande população por alguns motivos.
ResponderExcluirA saber:
- Com interesse, mas sem acesso.
- Com acesso, mas sem interesse.
- Falta de ambos.
É difícil os "intelectuais" entenderem que votar nulo é uma forma de votar. A diferença: não existe! Tanto se o teu candidato ganhar, perder, ou não ter candidato, você precisa continuar a fiscalização do poder.
ResponderExcluirMas, se o povo não se interessa pela política local, imagina a nacional...