Calouro é agredido por veteranos em trote em faculdade de SP
A notícia é da semana passada. O problema é mais antigo.
O rapaz agredido ingressaria no curso de publicidade da Uninove, aquela do Bernardinho. A escolha parece lógica, afinal dizem que essa faculdade é boa só na propaganda. De qualquer forma, para um operador de empilhadeira como Márcio Marques da Silva, é melhor pagar para estudar do que enfrentar a concorrência desleal de quem, com 18 ou 19 anos de idade, não precisa trabalhar.
O fato é que, após a primeira aula do ano, Márcio não quis participar do trote, pois precisava chegar no serviço a tempo. À força, não o deixaram ir embora. Talvez os agressores, veteranos universitários, não entendessem a sua realidade. Pode ser que na imaginação dos filhos da classe medíocre, um trabalho seja só um emprego. Um operador de empilhadeira seja um Zé Ninguém. A dor do pobre dói menos.
A sociedade é violenta. A violência vem de onde?
E dizem que o pobre é iletrado.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
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Isso me lembra um pouco do caso que aconteceu em Ribeirão Preto... do moleque que atrapelou o frentista e tentou fugir, com o carro engolindo o funcionário, que estava embaixo do veículo.
ResponderExcluirInconseqüência.
Duas coisas:
ResponderExcluir1) A Classe Média realmente leva o país para frente... ou para trás.
2) Essa talvez fosse a grande notícia e não o "trote" em si, que é comum (e, não raro, infelizmente, assim como o é a violência).