Há 25 anos, falecia um dos maiores gênios da história do futebol. O anjo das pernas tortas deixou saudades para todos que o viram jogar. Deixou saudade até para quem nunca assistiu uma de suas partidas, porque nasceu após sua aposentadoria. Estou, é claro, no segundo grupo de admiradores.
De qualquer forma, e apesar de soar improvável, este aprendiz tem uma identificação pessoal com Mané Garrincha. Não sou amigo da família, não tive sucesso como ponta direita (nem em alguma outra função no futebol), muito menos desfruto de talento para o drible e para o baile. Mesmo assim, quando criança sempre ouvia alguém dizer: “esse menino parece um Garrincha!” Eram as pernas desalinhadas. Para uma criança que amava futebol mas vivia tropeçando, era difícil não admirar quem jogou tudo aquilo que diziam, apesar (ou por causa) do “defeito”.
Com anos e os tratamentos, as minhas pernas se ajeitaram. Consegui até jogar um pouquinho de bola, mas realmente faltava talento. As comparações com o craque são só lembranças da época de criança que criaram, no imaginário, uma bela história de superação. Na imaginação, o final de sua vida era diferente.
Ontem pensei no Mané Garrincha e pensei em outras coisas. Se ele também nascesse na década de 80, talvez fizesse um tratamento parecido e “curasse” seu desalinho. Talvez fosse alguém normal. Talvez virasse médico, advogado, jornalista ou engenheiro. Mas aí não seria quem foi: O melhor ponta direita de todos os tempos. A alegria do povo. O anjo das pernas tortas. O homem que fazia um povo rir e aplaudir. Um autêntico brasileiro.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
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Bicampeão mundial, sendo primordial na conquista de 1962 após a lesão de Pelé. Quando jogaram juntos pela Seleção, nunca perderam. Entraram juntos para nos darem o primeiro título mundial, em 1958. Hoje, a CBF lançou uma camisa em homenagem a tal conquista. Ela será usada num amistoso contra os suecos, rival no jogo decisivo. Djalma Santos e Zito apresentaram. Eles fizeram a sua parte, mas melhor do que Garrincha, só Pelé. Será?
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