segunda-feira, 31 de março de 2008

Pancadaria

Publiquei o texto abaixo no dia 23 de fevereiro de 2006, no antigo blog.
Fiz algumas correções e republico aqui.
Parece que para tratar da "política" de Brasília, basta escrever dois ou três textos. Bom para "cronistas" preguiçosos como este aprendiz.


A baixaria já começou. De novo.

O pessoal da vila ouviu falar que havia uma briga, daquelas feias, com puxão de cabelo, golpe baixo e chute no saco, ali na praça central. Eram Pedro Tucano e Paulo Barbudo. Irmãos gêmeos, os dois estão entre os seres mais poderosos da cidade e vivem se ameaçando. Briga de família, sabe como é. O fato é que os dois resolveram, de uma vez por todas, acabar com suas “diferenças”. Ou acabar um com o outro.

Chovera pela manhã, e a lama não deixava identificar os lutadores. Esperando ver sangue, a platéia aumentava, torcia e ficava atenta aos irmãos que se batiam, rebatiam e debatiam. Um vexame, como diria a mãe da família. Infelizmente, ela sofre de uma doença terminal e não conseguiu impedir a briga dos filhos.

Quando Tucano percebeu que o pessoal estava assistindo tudo, resolveu gritar as canalhices do Barbudo. Só que os dois são irmãos, ambos puxaram o pai, e genética é algo muito forte. E a inteligência, ou pelo menos a coerência, não são atributos da família. Azar de Tucano, que começou a gritar as próprias burradas.

Barbudo se aproveitou, deu uns três socos no Tucano e ganhou a simpatia do público, que já era grande. Digamos, uns 170 milhões. Eles esperavam para conhecer o seu (nem tão) novo comandante.


Em tempo: Após a briga, como bons irmãos, Tucano e Barbudo fizeram as pazes.

Em tempo 2: O nome da mãe? Pátria. A doença terminal? Você já conhece.

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