terça-feira, 25 de março de 2008

Exemplo

Publico este comentário com atraso. Mesmo assim, creio que vale a pena só pela pequena amostra da genialidade de Carlos Heitor Cony, que na humilde opinião deste aprendiz é um dos atuais dois melhores cronistas do país, ao lado de Luis Fernando Veríssimo.

Segunda-feira, cerca de 8h30, rádio CBN. Adalberto Piotto chama Cony e Arthur Xexéo para o quadro “Liberdade de Expressão”. O tema do dia é a recepção de “celebridade” dispensada à prostituta (sim, esse é o termo mais adequado) Andréia Schwartz. Ela é testemunha-chave (seja lá o que isso signifique) do escândalo sexual que culminou com a renúncia do governador de Nova Iorque, Eliot Spitzer. Acontece que ao desembarcar em Vitória, sua cidade natal, Andréia solicitou ajuda à Infraero, pois alguns jornalistas a esperavam no saguão de desembarque. A empresa pública providenciou um carro que a buscou na pista e a levou até o estacionamento.

Após os comentários óbvios sobre a fabricação e o consumo de personalidades instantâneas, o cronista lembrou: “Eu, por acaso, saí uma vez do aeroporto com todas as honras de celebridade. Um rabecão me pegou no avião e me levou para a cadeia”.

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