terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Em branco

[...] respondeu-me com aquele gesto de ignorância, que consiste em fazer cair os cantos da boca. Se bem me lembro, acrescentou o gesto de abrir os braços com as mãos espalmadas, que é a mesma ignorância em itálico.
Machado de Assis, O câmbio e as pombas


O homem faz a história ou a história faz o homem?


Por enquanto, os principais temas da semana (pelo menos em São Paulo) são a queda do telhado na igreja Renascer e a posse de Obama. Me abstenho de comentar os dois assuntos. No primeiro, ainda há escassez de informações. No segundo, é melhor esperar as primeiras ações em silêncio do que exercitar futurologia.

Um comentário:

  1. Faz certo. Falar qualquer coisa agora é precipitado, sobre ambos os assuntos.

    Ouvir vizinhos dizendo que a obra já fazia barulho antes é aproveitar o momento para vender notícia, o que é triste, deprimente e infelizmente normal no jornalismo. Aproveitar o momento para relembrar o obscurantismo que cerca tudo que envolve o trinômio Religião-Dinheiro-Casal Hernandez também é inválido: caso seja comprovado que foram negligentes, eles terão sobre si acusações bem mais palatáveis e graves do que a evasão. E vidas importam mais do que dinheiro.

    E o julgamento que a história fará sobre Barack Obama ainda será construído. Dizer que ele já provocou mudança é óbvio, embora as mudanças provocou sejam absolutamente subjetivas no momento. Sua políticas públicas dirão se ele passará apenas de um símbolo para se tornar realidade.

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